Todos os estudos que até agora mostraram uma vantagem para os corpos de asa combinada (BWB) foram falhos.
O truque mais usado é comparar um avião existente com um BWB hipotético que usa motores igualmente hipotéticos de eficiência aprimorada, como o que poderia ser esperado 20 anos no futuro. Isso mascara a ineficiência do conceito da BWB e faz com que a combinação seja lançada.
O BWB sempre terá mais área de superfície do que um design convencional comparável. Isso se traduz em mais arrasto de fricção e mais massa de pele, o que mais do que compensa qualquer vantagem dada pela maior raiz da asa (que ajuda a reduzir a massa da asa). Se você gosta de dados reais, use o Avro Vulcan como um BWB inicial e compare-o com seus contemporâneos. Note que as tentativas de design de um avião baseado no Vulcan (tipo 722 Atlantic) não levaram a lugar nenhum.
Por que esses estudos do BWB são publicados? O autor recebe mais atenção quando reivindica uma "revolução revolucionária" do que quando é mais honesto e admite que o conceito é um fracasso. Até mesmo a Boeing ou a Airbus gostam de publicar os estudos do BWB, de modo que o público tem a impressão de estar à frente da concorrência. É repugnante ler esses estudos academicamente desonestos - você precisa gastar tempo para cavar até o fundo da coisa e desvendar o enredo; no entanto, depois de ter feito isso algumas vezes, todos se tornam semelhantes. Mas comparado aos estudos feitos há 60 ou 80 anos, onde o autor realmente lista o que ele fez e por que não deu certo (que é a única maneira de aprender alguma coisa), esses estudos modernos são uma perda de tempo.