Uma coleção de contos com uma história focada em um lugar onde o tempo pára

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Estou procurando uma coleção de contos que foi lida para mim em algum momento no final dos anos 90 e começo dos 00 (entre 1997 e 2001). Lembro-me de várias histórias deste livro sendo lidas para mim, mas apenas uma história se destaca em minha mente. Não tenho ideia de quando o livro foi publicado. O livro em si era em inglês, mas não posso ter certeza se era o idioma original em que foi escrito.

A história em si envolveu um local onde o tempo parou; quanto mais próximo do centro exato do local o tempo mais lento se mover, mais longe do ponto o tempo mais rápido se moveria até que ele retornasse ao normal.

  • A história enfocou vários grupos de pessoas e como eles interagiram com o ponto de parada do tempo.
  • A história foi contada a partir da perspectiva de um observador, tomando nota das diferentes pessoas que se deslocam de e para o local; observando como as pessoas mais próximas do centro se assemelhavam a estátuas e como você pode precisar esperar dias ou semanas para notar qualquer sensação de movimento, dependendo de sua proximidade com o centro.
  • Eu me lembro do observador descrevendo um jovem casal tentando se aproximar do centro na esperança de tornar seu amor eterno.
  • Outro grupo de pessoas consistia em uma família, já próxima do centro, mas com seus filhos afastando-se dos pais, tentando afastar-se do centro, retornando lentamente a um ritmo normal, enquanto os pais queria segurar o filho e impedi-lo de se afastar do centro.
  • Eu acredito que um indivíduo era um homem idoso tentando ir para o centro na esperança de vencer a morte.

O sentimento geral da história era assombrado e melancólico. Parecia ser um comentário da futilidade de tentar segurar algo que não pode durar. Lembro-me de outras histórias no mesmo livro com temas semelhantes.

    
por onewho 19.09.2018 / 17:08

1 resposta

Poderia ser "O Centro do Tempo" de "Einstein's Dreams", de Alan Lightman.

There is a place where time stands still. Raindrops hang motionless in air.

[...]

As a traveler approaches this place from any direction, he moves more and more slowly. His heartbeats grow farther apart, his breathing slackens, his temperature drops, his thoughts diminish, until he reaches dead center and stops. For this is the center of time. From this place, time travels outward in concentric circles–at rest at the center, slowly picking up speed at greater diameters.

Who would make pilgrimage to the center of time? Parents with children, and lovers.

And so, at the place where time stands still, one sees parents clutching their children, in a frozen embrace that will never let go. The beautiful young daughter with blue eyes and blond hair will never stop smiling the smile she smiles now, will never lose this soft pink glow on her cheeks, will never grow wrinkled or tired, will never get injured, will never unlearn what her parents have taught her, will never think thoughts that her parents don’t know, will never know evil, will never tell her parents that she does not love them, will never leave her room with the view of the ocean, will never stop touching her parents as she does now.

[...]

Those not quite at dead center do indeed move, but at the pace of glaciers. A brush of the hair might take a year, a kiss might take a thousand. While a smile is returned, seasons pass in the outer world. While a child is hugged, bridges rise. While a goodbye is said, cities crumble and are forgotten.

Dushka Zapata's blog, Einstein's Dreams/The center of time

    
20.09.2018 / 01:08