Mágica por trás da 3.6 roentgen / hour na série de TV de Chernobyl

Parece preciso e não uma invenção da série HBO com base nessas e em outras referências.

A partir de a entrada da Wikipedia em Chernobyl:

However, a dosimeter capable of measuring up to 1,000 R/s was buried in the rubble of a collapsed part of the building, and another one failed when turned on. All remaining dosimeters had limits of 0.001 R/s and therefore read "off scale". Thus, the reactor crew could ascertain only that the radiation levels were somewhere above 0.001 R/s (3.6 R/h), while the true levels were much higher in some areas. The source is credited as: Medvedev, Zhores A. (1990). The Legacy of Chernobyl (First American ed.). W.W. Norton & Company. ISBN 978-0-393-30814-3.

Serhii Plokhy relata o mesmo em seu livro 2018 Chernobyl: A história de uma catástrofe nuclear:

The maximum value of the dosimeter available to Diatlov and his crew was 1,000 microroentgens per second, or 3.6 roentgens per hour. The dosimeter showed that in one part of the control room the radiation level had reached 800 microroentgens per second, while in another part the reading was off the scale. They assumed that the radiation level might be around 5 roentgens per hour. The emergency maximum for operators was 25 roentgens. Diatlov and others thought they were good for a few hours—it was an emergency, after all.

Também é relatado neste ano Meia-noite em Chernobyl por Adam Higginbotham, embora nenhuma das referências especifique o dispositivo que está sendo usado, fazendo referência apenas a um relatório oficial ou a relatórios que dizem que esse era o limite do dispositivo disponível.

O instrumento de medição usado para as primeiras medições da taxa de dose ambiente no local foi um DRG3-02 (ДРГЗ-02) contador de cintilação. Dispositivos semelhantes ainda estão disponíveis hoje (foto tirada em zapadpribor.com; eu não sou afiliado a esse site).

Você pode ver que ele possui duas escalas: microrrententores 0 – 3 e 0 – 10 por segundo (µR / s).

Usando a pequena chave, você pode selecionar um fator (0.1, 0.3, 1, 3, 10, 30 ou 100) para a faixa máxima de medição. Esse fator também decide qual das duas escalas deve ser usada: os fatores 0.1, 1, 10 e 100 usam a escala 0 – 10 µR / s; os fatores 0.3, 3 e 30 usam a escala 0 – 3 µR / s.

Assim, a faixa máxima de medição é fornecida pelo fator 100 e pelo final da escala de 10 µR / s como 100 × 10 µR / s = 1000 µR / s.

Como a hora 1 é 3600 segundos, o 1 milliroentgen é 1000 microroentgens e o 1 roentgen é 1000 milliroentgens, você pode converter a faixa máxima de medição de 1000 µR / s em uma unidade mais prática:

1000 µR / s = 3 600 000 µR / h = 3600 mR / h = 3.6 R / h

Assim, você pode ver que a faixa máxima de medição do instrumento é de fato 3.6 roentgen por hora (R / h).

(3.6 R / h é de cerca de 36 mSv / h nas unidades atuais.)

É bem possível SRP-68-01

De acordo com as especificações, o alcance é de até 3000 mR / h, mas com a tolerância de +/- 10% (de acordo com outras fontes, é igual a +/- 20%) e a escala indo ligeiramente acima do 3, é possível ler (com um erro de doze segundos) o valor máximo em torno de 3.6.

Este modelo específico é mencionado no livro "Radiação e câncer de tireóide", que também lida com o desastre de Chernobyl: foi amplamente utilizado nos exames médicos na área contaminada durante o período 1986 de maio a junho.