O mal não é um recurso de soma zero no mundo de Tolkien que deve ser distribuído entre seres individuais. Isso fica evidente ao longo de seu trabalho, por exemplo, por descrições de seres realmente maus, como Melkor / Morgoth ou Sauron, corrompendo outros. De fato, Sauron, outrora um espírito angelical do fogo (a Maia) a serviço de Aulë quando o mundo estava sendo criado no legendário de Tolkien (ver "O Valaquenta" no O Silmarillion ), foi corrompido por Melkor.
Outro exemplo é a criação da raça dos Orcs (como publicado em O Silmarillion , um assunto sobre o qual Tolkien foi dividido em Cartas posteriores):
So it came to pass, some years ere the coming of Oromë, that if any of the Elves strayed far abroad, alone or few together, they would often vanish, and never return… But of those unhappy ones who were ensnared by Melkor little is known of a certainty… Yet this is held true by the wise of Eressëa, that all those of the Quendi [i.e. Elves] who came into the hands of Melkor, ere Utumno was broken, were put there in prison, and by slow arts of cruelty were corrupted and enslaved; and thus did Melkor breed the hideous race of the Orcs in envy and mockery of the Elves, of whom they were afterwards the bitterest foes. For the Orcs had life and multiplied after the manner of the Children of Ilúvatar; and naught that had life of its own, nor the semblance of life, could ever Melkor make since his rebellion in the Ainulindalë before the Beginning: so say the wise. And deep in their dark hearts the Orcs loathed the Master whom they served in fear, the maker only of their misery. This it may be was the vilest deed of Melkor, and the most hateful to Ilúvatar. (emphasis added)
—The Coming of the Elves and the Captivity of Melkor, The Silmarillion
Melkor não foi feito menos mal, ou mais bom, criando os orcs, mas sua criação foi uma manifestação de seu mal. De fato, Tolkien descreveu todos os males do mundo como tendo sua origem no Melkor. Tolkien nunca descreve tais atos como redistribuição do mal como um recurso finito, mas como a criação do novo mal onde ele não existia antes.