Quanto do Cloud Atlas era real?

No filme

Tenho certeza de que pretende ser tudo real; Não me lembro de nada que contradiga diretamente essa interpretação.

Enquanto cada personagem principal lê ou vê uma história sobre a anterior (e é influenciada por ela, que deveria ser o ponto principal de tudo), o que nós, como público, vemos é o que realmente aconteceu.

Essa distinção é bem clara no filme sobre Cavendish que Sonmi vê: o filme é dramatizado com queijo, mas diferente do que o público mostra - há até um corte direto entre as duas versões. / p>

O único elemento que é um pouco duvidoso é a marca de nascença compartilhada por todos os personagens principais, mas eu diria que é muito fraco para concluir que Zachary inventou tudo, especialmente porque as outras histórias contêm muitos elementos completamente fora de sua esfera. da experiência.

No livro

É muito mais complexo aqui. Existem pelo menos dois fatores que contradizem a interpretação direta:

• Vyvyan Ayrs menciona um sonho que teve, o que é uma descrição bastante detalhada do ambiente de trabalho de Sonmi na casa de Papa Song. Aceitar isso no universo exigiria algum tipo de presciência.
• Ao contrário do filme, a história de Luisa Rey termina com a conspiração sendo exposta ao público e o presidente dos EUA prometendo investigá-la totalmente. É também um escândalo maior, com múltiplos assassinatos e o envolvimento de um político de alto nível. Meu ponto é que é tão grande que Cavendish teria ouvido falar dele e não poderia aceitar a história como simples ficção (mas é o que ele faz).

Mas eu não acho que a conclusão correta é que certas partes da história são de ficção no universo e as outras são "reais". Há muitas conexões cruzadas entre as histórias (Luisa Rey vê o navio real que Ewing viajou, Meronym menciona Buenas Yerbas e até mesmo Swanneke, Cavendish mishears um taxista dizendo "exatamente" como "Zachary", etc.). A maior dica é a descrição de Frobisher da estrutura de seu Sexteto Cloud Atlas: ela corresponde exatamente à estrutura do romance que estamos lendo.

É, é claro, todo ficção - uma grande história sobre pessoas que vivem em momentos diferentes, mas interconectadas de várias maneiras, não apenas por simples causalidade.

Eu não sei de nenhuma declaração definitiva de David Mitchell ou de qualquer outra pessoa que esteja respondendo isso. No entanto, há algumas dicas no livro que podem indicar que não é necessariamente pretendido que seja real. O principal deles é o próprio Mitchell fala muito sobre "o poder da ficção para influenciar eventos"; Eu apostaria que pelo menos pretende ser ambíguo, e que nossa incapacidade de ter certeza sobre o que é real e o que é história faz parte do ponto. Há algumas dicas específicas no livro (não tantas no filme) que nem tudo é tão real quanto parece:

• Frobisher diz que não tem certeza se os diários de Adam Ewing são fatos ou ficção
• Half Lives: The First Mistério Luisa Rey não é apenas retratado como um romance, mas como um romance apresentado para publicação no século 21. Não é sequer alegado que foi escrito no período de tempo que retrata (embora possa ser).
• Declarações feitas no final de O Orison of Sonmi 451 , no qual não entrarei em caso de spoilers
• Uma leitura atenta revelará que, no livro, o narrador de Sloosha's Crossin 'an' Ev'rythin 'After não é Zackry, mas um de seus descendentes.

É claro que isso nos deixa com perguntas como: Se As revistas do Pacífico de Adam Ewing é um livro mencionado em cartas fictícias que são parte de um romance, por que elas existem e por que podemos lê-las ?

O filme joga essa ambiguidade em comparação com o livro.

Acabei de ler o Ghostwritten de David Mitchell, onde alguns personagens do Cloud Atlas fazem uma aparição. Se os eventos desse romance puderem ser considerados reais, eu pensaria que todas as histórias do Cloud Atlas também são reais. A razão exata: (spoilers de Ghostwritten seguem)

Luisa Rey, she is the main connection given that if the story in the novel Half Lives: The First Luisa Rey Mystery is real, then Letters from Zedelghem is real and so (well, most likely) is The Pacific Journals of Adam Ewing. In Ghostwritten we find a Luisa Rey (possibly on her sixties) who is known to be (now) a writer, she humbly says she had two minor successes, the latest been The Hermitage described by Bat, the radio DJ, as "a true-crime psychological exposé" which of course leads us to speculate that her first novel of the same nature was, indeed, Half Lives: The First Luisa Rey Mystery. The second fact taken from Ghostwritten that gives evidence of Luisa Rey being real is Marco's storyline, where he saves a woman from a car accident and later we learn that he works as a ghostwriter for, surprise surprise, (a younger) Timothy Cavendish. The woman Marco saved is Mo, the physicist who will eventually create "the zookeeper" and it is "the zookeeper" who will later constantly call Bat, the very same DJ that Luisa Rey was chatting with. In short: Luisa did experience the events in Swanekke island, wrote a novel about it and then submitted it to Timothy Cavendish as hinted in the movie ("This would make a great book!" -"I'll drink to that"). This would possibly disprove the theory that the comet indicates the same soul in another body given that Timothy cannot be reincarnation of Luisa, but that's another matter.

Espero que isso dê mais luz sobre o assunto, eu gostaria de comparar teorias.