Spinning Silver: o primeiro protagonista judeu em fantasia?

Não

Para começar, os números são simplesmente contra isso. Segundo algumas estimativas, cerca de 1 milhão de livros são publicados apenas nos EUA a cada ano ( aqui alguns números desatualizados ). A maioria deles não é fantasia, e não mais do que 1/500 (mundial) ou 1/50 (dos EUA) seriam esperados ter protagonistas judeus baseados no acaso, mas mesmo que a fantasia constituísse 1% de todos os livros publicados, e apenas 1 / 100 como muitos judeus apareceram na fantasia como seria de esperar (suposições extremas), nós ainda esperamos cerca de um livro de fantasia com um protagonista judeu nos EUA a cada ano.

Mais concretamente, a lista de fantasia com protagonistas judeus é muito longa. As pessoas vão discordar sobre o que constitui fantasia, tanto por causa dos limites do gênero embaçado e porque é difícil discernir se os autores acreditavam nas histórias mais antigas (o Golem de Praga?). Vou apenas fornecer alguns exemplos:

• A peça " The Dybbuk ," é extremamente famosa, remonta a 1913 e tem um protagonista judeu e um fundo strongmente judeu. Apresenta uma fantasia clara, como "possessão demoníaca", espíritos invocadores e milagres, muitos dos quais são inspirados pelo folclore judaico.

• Isaac Bashevis Singer escreveu muitos contos fantásticos com protagonistas judeus, incluindo pelo menos "O judeu da Babilônia" já em 1971.

• Como mencionado em um comentário , O Golem e o Jinni tem um protagonista judeu, e é um trabalho contemporâneo de fantasia. Foi publicado em 2013, vários anos antes de Spinning Silver .

• Há uma notável tradição de retrabalhos judeus de obras antijudaicas, como "O judeu dos espinhos". Um exemplo disso é “Among the Thorns”, cuja protagonista é a filha do dito judeu.

Pode haver exemplos anteriores, mas isso deve ser suficiente para estabelecer que Spinning Silver , publicado em 2018, não foi o primeiro exemplo de um protagonista judeu na fantasia. Há uma longa tradição de fantasia judaica.

Deve-se também ter em mente que o cristianismo em fantasia, ou ficção em geral, mesmo entre personagens principais, não é tão comum quanto se poderia pensar. Assim, torna-se difícil dizer se um personagem é definitivamente cristão ou não. Ou, para usar um exemplo mais específico, os protagonistas da série The Reckoners de Brandon Sanderson ou The Beyonders de Brandon Mull praticam LDS? Talvez eles sejam, talvez eles não sejam. Sua religião não é terrivelmente relevante para os enredos fantásticos, por isso não é realmente levantada, se bem me lembro. Da mesma forma, explicitamente, os personagens judeus são provavelmente superados por aqueles cuja religião não é declarada. Isso é ainda mais complicado pela grande distância entre um judeu Hareidi masculino, por exemplo, onde qualquer descrição de sua aparência deve tornar sua religião óbvia, se não tentar enganar o leitor, e, por exemplo, um judeu reformista secular que pode não pensar muito sobre religião. exceto quatro ou cinco vezes por ano.

Portanto, avaliar a frequência dos protagonistas judeus ao ver quantos são mencionados como explicitamente judeus pode ser enganoso.

    

O "horror baseado historicamente com fantasmas e outras coisas" é considerado fantasia? Se sim, o Servo dos Ossos de Anne Rice é certamente mais velho.

Servant of the Bones is an account of the creation and subsequent existence of a genie, Azriel. It is a story told as a fireside chat and includes historical accounts of Azriel's life as a displaced Jewish merchant's son in Babylon at the time of its conquest by Cyrus the Persian. There are also glimpses of life in ancient Miletus, in Strasbourg during a pogrom, and New York City of the 1990s.

    

As Histórias Agdássicas do Bar Rabba Bar Chana são provavelmente as primeiras Histórias Judaicas de "Fantasia"

Você pode ler mais sobre os contos alegóricos aqui e aqui .

As histórias são encontradas no Talmud e são contos fantásticos que (de acordo com a tradição judaica) têm profundos significados e interpretações morais e cabalísticas.

Rabba Bar Bar Chana related the following, “Sailors told me that once they were threatened with gigantic waves that could have sunk their ships. These waves appeared with a ray of whitish light at their crest and when they struck it with clubs engraved with the words ‘I will be what I will be, L-rd G-d, King of Hosts, Amen, Amen, Selah,’ the waves subsided.”

Rabba Bar Bar Chana continued, “The sailors related to me that the distance between one wave and the other was 300 parasangs (a Persian mile, about 4,000 yards) and the height of each wave lifted them so high that they saw the resting place of the smallest star. There was a flash as it shot 40 arrows of iron. If it had lifted them any higher they would have been burned by its heat.

“They also heard the following conversation between two waves, ‘My friend,’ one wave called to the other, ‘have you left anything in the world that you didn’t wash away and flood? I will go and destroy it.’ The other replied, ‘Go and see the power of the Master by whose command I must not pass the sand of the shore even as much as the breadth of a thread. It is this sand line that separates the sea from the land and yet I could not step over it.’

Rabba Bar Bar Chana went on, “I saw an antelope, one-day-old, that was as big as Mount Rabor, which measures four parasangs. The length of its neck was three parasangs and the resting place of its head was one parasang and a half.

“I saw a frog the size of the Fort of Hagronia (a fortified town in Babylon) that contained 60 houses. A snake came along and swallowed the frog and then a large raven came and swallowed the snake. The raven then ascended the tree and perched on one of its limbs. Imagine the strength of that tree.”