Eu ouvi um especialista dizer que uma das fraquezas do A380 é que ele só vem na versão de passageiro, não em uma carga como a do B747. A versão de carga do B747 amplia seu mercado. Mais uma fraqueza dos jatos jumbo muito grandes (A380 e B747) é que, atualmente, a maioria dos voos voa diretamente para o destino (ponto a ponto), não de hub a hub como nos 1970s. O modelo ponto a ponto faz com que as companhias aéreas façam voos mais frequentes com aeronaves menores. No meu país, até pequenos aeroportos são agora aeroportos internacionais. Duas cidades vizinhas nos países vizinhos têm pequenas aeronaves a hélice voando diretamente entre elas, sem ter que passar pelo aeroporto principal da capital de um país. Isso deixa muito claro que jatos jumbo muito grandes não são mais necessários para o serviço de passageiros.
Por outro lado, a demanda por ar carga nunca foi tão grande. O comércio em todo o mundo precisa ser mais rápido. Isso significa que grandes jatos jumbo são necessários no serviço de carga e - para facilitar a centralização do equipamento e do pessoal de movimentação de carga - geralmente é preferível que esses cargueiros operem de e para os maiores e mais centrais aeroportos de um país.
A questão é: é possível converter um A380 para serviço de carga quando não houver mais mercado para a versão de passageiros?